- 23 de junho de 2021
- Publicado por: mhlog
- Categoria: E-commerce, Logística

Quando o assunto na área logística é redução de custos e alavancar comércios eletrônicos – principalmente quando estão no início da operação, sempre surgem as modalidades Cross Docking e Dropshipping como soluções. Embora sejam estratégias inteligentes que, sim, trazem vantagens para o negócio, são operações diferentes.
Algumas vezes há a confusão entre o que é uma e outra, talvez pelo fato de as duas estratégias visarem a dispensa de estoque físico da própria loja e mais rapidez no processo de envio das mercadorias.
No entanto, há diferenças no modo da logística ser feita em cada uma que são determinantes para encaixar a estratégia correta para uma loja virtual. Vamos, rapidamente, falar sobre elas. Acompanhe:
Cross Docking
Já comentamos sobre como funciona esse sistema logístico, suas vantagens e quando ele é uma boa opção aqui. Mas, vamos reforçar alguns pontos importantes.
O Cross Docking é um modelo que otimiza os processos de envio e recebimento entre fornecedor e cliente final. Ou seja, a mercadoria só é solicitada ao fornecedor após a confirmação de compra do cliente na loja.
Assim, o fornecedor ou fabricante envia o produto solicitado a um Centro de Distribuição (CD) utilizado pela loja virtual. Chegando no local, a mercadoria é separada e conferida para, então, ser carregada no veículo que realizará a entrega ao consumidor.
- Armazenamento de mercadorias é de responsabilidade do fornecedor. Zero gasto com estoque físico para a loja;
- Gasto com transporte de recebimento e envio de mercadorias menor do que o costumeiro;
- Agilidade no prazo de entrega, pois a mercadoria fica o menor tempo possível parada no CD;
- Pode ser um modelo de movimentação híbrida, com destinação de mercadorias a clientes finais e estoques;
- Para mercadorias com grande volume, o modelo do Cross Docking pode ser de movimento de distribuição. Desse modo as mercadorias são transportadas em lotação máxima do veículo, diminuindo o tempo necessário para as entregas.
Importante dizer que a loja fica com a responsabilidade de acompanhar todas as etapas. Assim, poderá evitar erros, problemas e resolver ocorrências, que possam surgir, com rapidez.
Dropshipping
Sobre ele também já falamos e apontamos as vantagens de adotar o Dropshipping, leia aqui.
Basicamente, esse modelo se constitui da revenda de produtos em loja virtuais que servem como vitrine, pois não há estoque.
Tanto a gestão de estoque quanto o processo de envio de mercadorias aos clientes são de responsabilidade do fornecedor dos produtos.
De acordo com a demanda na loja, o comerciante faz o pedido ao fornecedor. Esse separa e envia a mercadoria diretamente para o cliente final. A loja, na prática, participa apenas dos processos de vendas e pagamentos.
- Zero custos com gestão de estoque e armazenamento;
- Separação do pedido, embalagem, etiquetagem e expedição são de responsabilidade do fornecedor;
- Permite trabalhar com um mix grande de produtos, mas exige tempo para minerar os melhores produtos e fornecedores;
Último ponto importante para salientar entre as duas estratégias logísticas é sobre a garantia de qualidade na entrega.
No Dropshipping, o processo inteiro de envio dos produtos é feito pelo fornecedor, assim a loja não tem como fazer uma conferência própria. Já o Cross Docking, como as mercadorias vão para o CD utilizado pela loja, pode-se fazer a conferência do produto antes dele ser transportado até o cliente.
O investimento inicial necessário também é uma diferença significante. Pois, o Cross Docking otimiza os processos, mas a empresa ainda tem controle sobre a operação. Então, há custos como manter o Centro de Distribuição e cumprir os acordos firmados com os fornecedores, por exemplo. Assim, o investimento é maior que o preciso para o Dropshipping.
No entanto, não há um modelo melhor que o outro. Um se adequará melhor que o outro em um determinado tipo de negócio. O que precisa ser bem observado são as diferenças e quanto elas custarão para serem revertidas em vantagens competitivas.