Como é calculado o valor do frete?

Embora pareça, não é uma tarefa simples calcular o valor do frete do transporte de cargas. Há vários fatores a serem considerados. Custos operacionais, tributos, taxas, tipo de mercadoria, veículo utilizado e rota são alguns exemplos.

Mas, por que você, embarcador, precisa saber disso? A resposta é óbvia. Para reconhecer quando um valor de frete é correto e justo é necessário saber como a transportadora chegou a determinado número.

Conhecendo os custos envolvidos no transporte, você também poderá negociar de forma mais benéfica para ambas as partes envolvidas no serviço.

Então, vamos lá!

Tabela de Frete

A NTC, entidade reguladora das empresas de transporte, desenvolveu uma tabela de referência de valores. De tempos em tempos ela é atualizada.

Ao contrário da Tabela Frete da ANTT, destinada aos carreteiros, que tem o uso exigido por lei, a da NTC é apenas para as transportadoras usarem como referência.

Além disso, o contrato com transportadoras pode contemplar acordo de tabela fixa. Com as oscilações nos custos dos combustíveis, essa opção ajuda a ter maior controle sobre os valores de frete. Claro, que de tempos em tempos, a transportadora pode renegociar com os clientes as tabelas que estejam defasadas e gerando prejuízo.

Taxas

Existem diversas taxas que podem ser consideradas para o valor final do frete, conforme o serviço contratado. São elas:

  • Coleta e entrega

Taxa para buscar e entregar a carga, levando em consideração o valor do km rodado;

  • Devolução

Quando o veículo precisa retornar à origem para devolver a carga que não pode ser entregue no destino;

  • Reentrega

Quando é necessário fazer várias tentativas de entrega ao destinatário;

  • Armazenamento

Quando houve alguma situação no recebimento da carga e esta terá que ficar armazenada até o momento de entrega;

  • TDE

Dificuldade de entrega: quando há fatores que dificultem a entrega da carga. Por exemplo, hipermercados, supermercados, grandes redes, shoppings etc;

  • TDA

Taxa de dificuldade de acesso: quando a entrega é em chácaras, fazendas ou destinos com estradas de difícil acesso e sem infraestrutura.

  • TRT

É a Taxa de Restrição do Trânsito para locais onde há regras para a circulação de caminhões, como em São Paulo, ou que possuem horários para carga e descarga;

  • Vale pedágio

Obrigatório por Lei, é o pagamento do vale pedágio à transportadora por parte do contratante. Também é uma segurança a mais, pois os valores são pré-determinados de acordo com pedágios específicos da rota traçada – evitando a fuga da rota;

  • Frete Valor

Também chamado de Ad Valorem é o seguro para cargas. Cobrado de acordo com o valor declarado da mercadoria. São os seguros RCTR-C, referente a acidentes, e o RCF-DC, referente furtos e desvios de cargas;

  • GRIS

Gerenciamento de Risco: destina-se ao gerenciamento do risco do transporte propriamente dito.

 

Além dessas, há também taxas como ICMS e ISS, que são impostos, e o frete mínimo – quando a carga não atinge o peso mínimo para a realização do frete.

Importante você saber exatamente quais taxas serão embutidas no valor do frete.

Peso da carga

O peso da carga é outro fator importante e pode ser determinado por dois caminhos:
Peso bruto: o real peso da mercadoria.
Peso cubado: o volume da mercadoria (obtido a partir da multiplicação dos dados de altura, largura, comprimento por 300 – fator de cubagem, que pode variar entre transportadoras).

A precificação levará em conta o peso com maior valor para o frete valer a pena.

Com todos os fatores ponderados, chega o momento de definir o valor final. Para isso, são somados o valor de frete e as taxas adicionais.

Agora que você sabe o que influencia no valor o frete, pode analisar as cotações de forma minuciosa, custo por custo, e determinar se o preço final está coerente.

Precisa de ajuda ou de uma cotação? Chame-nos no chat ao lado ou envie um e-mail para comercial@mhlog.com.br.

 



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