- 18 de março de 2022
- Publicado por: mhlog
- Categoria: A MHLog
Desde o último dia 10, os brasileiros estão revendo as contas após a mega elevação no valor do combustível. No nosso setor, a situação é ainda mais crítica. O diesel ficou com reajuste de 24,9%.
Esse fator representa um aumento de quase 50% no custo do transporte rodoviário de cargas. O repasse é inevitável.
Ainda estamos em um momento de negociações para amortecer altas que já houveram no custo no passado. O aumento atual irá, praticamente, anular as negociações feitas.
De acordo com o que o CONET apurou, a manutenção do valor do frete chegará a 18,58% no transporte fracionado e a 27,65% na carga lotação. Caso o reajuste não seja repassado, a defasagem do frete será de 28,96% e 38,83% nesses serviços, respectivamente.
Não somente os novos contratos serão afetados. Os antigos, que eram mantidos mesmo com certa defasagem, também terão que ser revistos.
O contrário não tem como acontecer. Ninguém rodará com tamanho prejuízo e isso poderá influenciar até mesmo na disponibilidade dos veículos de transporte.
Considerando a imprescindibilidade do transporte rodoviário e a situação da economia brasileira, o efeito dominó pode ser catastrófico.
Pois, os preços das mercadorias movimentadas pelo setor, inevitavelmente, serão atingidos com a alta.
E, no fim das contas, que pagará por isso será o consumidor.
Não é somente os 24,9% do diesel
Com a situação da pandemia mais controlada, esperávamos um equilíbrio nos preços. No entanto, a guerra entre a Ucrânia e Rússia mudou o cenário com a elevação no preço do barril de petróleo.
Mas, não é somente isso. O setor vem de uma série de dificuldades.
No ano passado, já tivemos alta no combustível. Ainda, estamos tendo que lidar com a alta nos custos dos insumos de transporte, que desde o início da pandemia, só cresce.
A defasagem que já existia, tornou-se inviável com a última alta – afinal, o diesel é responsável por cerca de 35% dos custos.
Em contrapartida, cabe as transportadoras buscar alternativas para aliviar o aumento no preço do frete. Otimizações da gestão de frotas, controle de combustível e demais custos e manutenção preventiva são exemplos de meios que podem gerar economia tanto no curto quando no longo prazo.
Entidades que representam o setor do transporte rodoviário também estão atuando para encontrar uma saída para que o diesel tenha uma redução.
Aos clientes, pedimos compreensão. É uma situação crítica para todos.
O repasse do aumento é urgente. Assim como mudanças nas políticas de preços dos combustíveis no Brasil.